Os Śluby Jasnogórskie (Votos de Jasna Góra) representam um dos momentos mais definidores da história polonesa e identidade religiosa. Em 1656, o Rei João Casimiro II solenemente jurou diante do ícone da Madona Negra em Jasna Góra colocar a Polônia sob a proteção espiritual da Virgem Maria. Este voto histórico declarou Maria como Rainha da Polônia, dedicando formalmente toda a nação à sua intercessão e proteção. O ato transformou uma devoção religiosa em um pacto nacional que definiria a identidade católica polonesa pelos séculos vindouros.
O voto veio durante um período crítico quando a Polônia enfrentava invasões suecas e ameaças territoriais. Ao confiar a Polônia à proteção de Maria, o rei simbolicamente uniu a sobrevivência nacional com a fé religiosa, tornando o patriotismo inseparável da devoção católica. As vitórias polonesas milagrosas após este voto fortaleceram a crença no poder protetor de Maria e solidificaram a conexão entre destino nacional e devoção mariana na consciência polonesa.
Os Śluby Jasnogórskie tornaram-se centrais para a prática religiosa e consciência nacional polonesa, particularmente durante o período de partição quando a Polônia deixou de existir como estado independente. Os católicos poloneses referenciavam os votos como justificativa espiritual para a sobrevivência nacional e continuidade cultural apesar da supressão política. Para as comunidades da diáspora polonesa, incluindo as da Bay Area, os votos representam a base sagrada da identidade polonesa - o entendimento de que a Polônia pertence a Maria e que a sobrevivência polonesa depende da fé.
Este voto histórico continua a influenciar as peregrinações polonesas e a observância religiosa hoje. A renovação e comemoração dos Śluby Jasnogórskie permanecem um elemento central da devoção católica polonesa, reforçando a crença de que o destino da Polônia está ligado ao cuidado maternal e intercessão de Maria.